O volume de entorpecentes apreendidos no primeiro trimestre deste ano é seis vezes maior do que o registrado no mesmo período do ano passado em Apucarana (PR). Foram mais de uma tonelada e meia de maconha, cocaína, crack, entre outras substâncias ilícitas tiradas de circulação no primeiro trimestre deste ano, um salto de 548% em comparação com o ano passado no mesmo período. Os dados são do Centro de Analise, Planejamento e Estatística (Cape) da Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp) relativos a área da 17ª Subdivisão Policial (SDP) que abrange 26 municípios.
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A droga com a maior volume de apreensão é a maconha, que passou de 229 kg para 1.453 kg neste ano, um aumento de 534% no comparativo. Grande parte da droga foi encontrada em fevereiro pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), na BR-376, em Mauá da Serra.
Já o crack registrou o aumento mais expressivo de apreensões, que saltaram de 2 kg para 85 kg, uma alta de 4.150%. O relatório da Cape também mostra aumento nas apreensão de ecstasy e pés de maconha no primeiro trimestre e queda de 43% nas apreensões de cocaína (veja o gráfico).
Os números regionais acompanham os índices do estado que registrou aumento de 155% nas apreensões de drogas em relação ao mesmo período do ano passado, a maior alta já registrada em um 1º trimestre desde o início da série histórica, em 2014, quando os dados passaram a ser sistematizados pela Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp). Enquanto que no primeiro trimestre de 2024 a apreensão de drogas por forças estaduais somou 53,2 toneladas, no mesmo período de 2025 esse volume subiu para 135,7 toneladas.
Entre alguns dos destaques do relatório da Sesp, estão a concentração de apreensões de maconha na região Oeste do Estado, devido à localização geográfica. Já Curitiba e cidades vizinhas da Região Metropolitana foram as que tiveram as maiores apreensões de cocaína.
Na avaliação do secretário estadual da Segurança Pública, Hudson Teixeira, o alto volume de entorpecentes retirados de circulação é mais um indicador positivo recente da segurança pública do Paraná. “O combate ao tráfico de droga envolve o monitoramento das fronteiras, cuja missão não é exclusiva do Estado, mas o Paraná tem feito o seu dever de casa, com operações integradas entre as polícias Militar, Civil e as Guardas Municipais. Isso tem se refletido na redução significativa nos índices de criminalidade, com uma média de aproximadamente uma tonelada e meia de droga retirada de circulação diariamente”, concluiu Teixeira.
No 1º trimestre deste ano, o Estado também registrou o menor número de homicídios da série histórica para o período analisado. Somam-se a isso os índices de furtos e roubos, que também foram os menores – em 45% dos municípios paranaenses não houve registro de roubos entre janeiro e março.