Revistas pagas com dinheiro público, produzidas para enaltecer gestão do ex-prefeito Júnior da Femac, são descartadas de forma irregular na zona rural de Apucarana

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Uma denúncia anônima grave veio à tona nesta quarta-feira (14/05), revelando descarte irregular de lixo na Fazenda Figueira, localizada na região do Contorno Norte de Apucarana. A fiscalização da secretaria municipal do Meio Ambiente (SEMA) foi até a propriedade e constatou a irregularidade. No local foi encontrada certa quantidade de revistas produzidas na gestão do ex-prefeito de Apucarana, Jr da Femac, e pagas com recursos públicos (R$56.970,00). Essas publicações, tinham como objetivo enaltecer feitos da gestão passada. O fato de terem sido encontradas espalhadas pelo meio ambiente gerou preocupação e indignação na comunidade – tanto por causa do desperdício de dinheiro dos cofres da prefeitura, quanto pelo descarte ilegal. Além das revistas, também foram encontrados panfletos.

Um trabalhador da fazenda disse para a fiscalização da SEMA acreditar que os materiais foram descartados entre os dias 06 e 07 deste mês. Segundo ele, na semana passada havia mais quantidade do impresso, mas que provavelmente alguém limpou a área ou o vento e chuva tenham espalhado para outro lugar.

O recolhimento do material restante foi registrado em fotos e vídeo. Um Boletim de Ocorrência foi registrado na Delegacia de Polícia Civil de Apucarana, por não tomar precaução em caso de risco de dano ambiental- Lei 9.605/98- crimes contra o meio ambiente. Um processo administrativo será instaurado pela Procuradoria Jurídica do Município para apurar as circunstâncias desse descarte e responsabilizar os envolvidos.

A suspeita é que as revistas produzidas pela gestão anterior não foram todas distribuídas à população- e a sobra foi jogada no meio ambiente – o que configura uma ação irresponsável e crime ambiental. O descarte irregular dos impressos representa não só um desperdício de recursos públicos, como também contribui para a poluição do meio ambiente, além de demonstrar uma gestão desrespeitosa com o patrimônio da população.

A ação evidencia uma postura de descaso com a transparência e a responsabilidade na administração pública. Investir recursos públicos em materiais de comunicação é legítimo, desde que utilizados de forma adequada e ética. Descartar essas revistas de maneira irregular demonstra uma falta de planejamento e respeito com a população, além de potencialmente configurar crime de improbidade administrativa.

Especialistas em gestão pública alertam que esse tipo de atitude prejudica a credibilidade das instituições e reforça a percepção de má gestão e desperdício de recursos. Além disso, o descarte inadequado de materiais impressos pode gerar problemas ambientais, como a poluição do solo e da água, além de contribuir para a degradação do meio ambiente rural. É fundamental que a administração pública atue com transparência e responsabilidade, garantindo que os recursos públicos sejam utilizados de forma ética e sustentável.

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