Estado vai investir R$ 20 milhões em inovação genômica aplicada ao agronegócio

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O governador Carlos Massa Ratinho Junior assinou nesta quarta-feira (12) um protocolo para o desenvolvimento de um programa de inovação aberta em genômica aplicada ao agronegócio, com previsão de investimentos de R$ 20 milhões. A assinatura aconteceu durante o Show Rural Coopavel, em Cascavel, e tem como objetivo fortalecer ainda mais a competitividade do setor no Paraná.

A genômica é um ramo focado no DNA de plantas e animais, o que permite o desenvolvimento de culturas mais produtivas e resistentes a pragas, além de otimizar a seleção de rebanhos. A tecnologia tem um potencial de reduzir custos, aumentar a eficiência no campo e tornar a produção mais sustentável.

“O Paraná é um gigante do agronegócio porque também investe em muita tecnologia para o setor, com o Governo do Estado ajudando a impulsionar a pesquisa e a inovação do meio rural, em ramos como a genômica, que contribuem com a produtividade”, afirmou o governador.

O documento também foi assinado por representantes da Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti), Secretaria da Inovação, Modernização e Transformação Digital (SEI), Fundação Araucária e Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), órgãos envolvidos na iniciativa conjunta.

O objetivo é prospectar parcerias institucionais e empresariais para estabelecer arranjos de inovação científica, priorizando oportunidades de negócios inovadores em genômica, com foco em meio ambiente e agropecuária. O aporte financeiro será viabilizado pela Seti e SEI por meio do Fundo Paraná de Fomento Científico e Tecnológico.

EDITAL – A expectativa é que o edital seja lançado ainda no primeiro semestre de 2025 com a regulamentação completa para seleção das instituições de pesquisa científica, empresas e startups de base tecnológica. Os recursos serão destinados ao financiamento de projetos em diferentes áreas, como integração de dados agronômicos e genômicos; sequenciamento, modificação e melhoramento genético; combate a pragas, doenças e condições climáticas adversas; bioinsumos; e biodefensivos.

O secretário estadual da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Aldo Nelson Bona, destacou a importância de unir conhecimento científico e inovação tecnológica para impulsionar o desenvolvimento sustentável do agronegócio.

“Esse novo programa reforça o compromisso do Governo do Estado em fomentar a colaboração entre as universidades e o mercado para impulsionar a economia e a competitividade do agronegócio paranaense em âmbito nacional e internacional”, afirmou. “Estamos investindo em ciência e inovação para transformar o campo em um espaço de produtividade sustentável, gerando riqueza e garantindo o futuro do agronegócio paranaense”.

MODELO – O programa de inovação aberta em genômica aplicada ao agronegócio do Paraná será desenvolvido pelas instituições parceiras seguindo a metodologia do BRDE Labs, que busca identificar, desenvolver e acelerar soluções inovadoras para os desafios econômicos, sociais e ambientais. A metodologia envolve etapas como ideação, prototipagem e validação, possibilitando que startups, empresas e instituições testem e refinam ideias de forma rápida e eficiente.

O BRDE Labs conecta, desde 2020, diferentes atores do ecossistema de inovação da Região Sul do Brasil, impulsionando projetos com potencial de impacto regional e sustentável. A iniciativa conta com a parceria da Hotmilk, ecossistema de inovação da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), responsável pela curadoria técnica, e da Câmara Americana de Comércio para o Brasil (Amcham), que oferece capacitações e oportunidades para a geração de negócios entre startups.

De acordo com o diretor-administrativo do BRDE, Heraldo Neves, as empresas selecionadas vão receber capacitação e consultoria técnica, dentro da metodologia do Programa BRDE Labs. Os projetos selecionados seguem para a segunda etapa do edital, a partir de 2026, com duração de 24 meses, a serem desenvolvidos com subvenção econômica do Estado.

“A indústria de tecnologia está muito fortalecida no Sul do País graças aos programas que os três governos, em especial o Paraná, dedicam a essa área”, afirmou Neves. “E o BRDE tem que acompanhar essas políticas de governo e transformar em negócios o que está na mesa das academias e na cabeça da nossa juventude. Isso tem dado muito resultado, e essa reunião de forças faz com que as empresas de tecnologia ganhem em produtividade”.

Outro parceiro da iniciativa é a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), empresa pública ligada ao Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações. A ideia é que o modelo desenvolvido no Paraná possa ser replicado em outros estados, contribuindo para o fortalecimento da pesquisa e da inovação no agronegócio brasileiro e consolidando o Paraná como uma referência nacional em soluções tecnológicas para o setor.

Agência Estadual de Notícias

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